AQUAVIA
Como a fonte que jorra, ambivalente,
marejados de sono, navegamos –
que esse rio de amor e de abandono
seja leito comum para quem morre.
Impelidos à margem da corrente
sacudimos a tarja temporária –
e a alma se evapora: tarlatana
sobre a nossa nudez contraditória.
Na umidade do riso, no desejo
impreciso e profuso, pelo pranto
que no calor das órbitas poreja.
Ah, transidos de frio, patinamos
entre quiosques, domos e coretos
sem nada surpreender ou consumar.
Douda Correria#136
Antologia Poética – Maria Lúcia Alvim
(org. de Ricardo Domeneck e Guilherme Gontijo Flores/ prefácio de Patrícia Lino/ fotografia de capa de Sebastião Rocha Reis/ composição por Joana Pires)

Maria Lúcia Alvim lê “Manhã sem rusga”
Vídeo: Revista Escamandro
Francisco Bley – Relicário negro [de Maria Lúcia Alvim]
Produção: Catatau Filmes e Ricardo Domeneck
Imprensa/ Blog´s
RTP 3/ Todas as Palavras | por Inês Fonseca Santos | 16.04.2021:
Blog Antologia do Esquecimento | por Henrique Manuel Bento Fialho | 02.04.2021:
http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.com/2021/04/maria-lucia-alvim.html
Tribuna de Minas | Entrevista a Maria Lúcia Alvim | 08.2020:
Uai | Artes e Livros| 08.2020:
Maria Lúcia Alvim
«Nasceu a 4 de outubro de 1932 na cidade mineira de Araxá. Autodidata, abandona a escola para se dedicar exclusivamente à poesia e à pintura. Realiza exposições de artes plásticas e publicou cinco livros de poesia. »
Vivenda (coleção Claro enigma / 1989)

Fotografia: Sebastião Rocha Reis
Douda Correria no instagram:
https://www.instagram.com/douda.correria/
Douda Correria/ Mia Soave no facebook:
https://www.facebook.com/doudascorrerias/
Contacto/Pedidos:
